quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Percy Jackson e "A Maldição do Titã"/"A Batalha do Labirinto"

 "A Maldição do Titã"


Tenho que admitir que o senhor Riordan (autor da série) amadureceu. Ao contrário de minha crítica com o segundo livro da saga, que para mim continua sendo enchimento de linguiça, "A Maldição do Titã" se mostrou bem mais envolvente e trouxe um sentido real aos heróis. Fiquei extremamente impressionado com a introdução dos Titãs, que antes eram apenas mencionados como "algo a se temer", sem maiores explicações. Agora, podemos realmente entender suas capacidades e forças. Permitiu novamente que eu comprasse a ideia da história, assim como no primeiro livro, porém, sem mais o benefício da "introdução ao mundo" (que já conhecemos e que geralmente deixa os leitores maravilhados) e sim com um enredo que começa a ser envolvente e mostrar um desenvolvimento do universo proposto e suas personagens.

Como não poderia deixar de acontecer em uma série adolescente, percebemos que as brigas constantes e desavenças começam a virar em um sentimento bem mais bonito, que é o amor, difícil para ser demonstrado por esses jovens protagonistas, refiro-me ao feeling que começa a aflorar entre Percy e Annabeth, que parecem água e vinho, mas formam um casal divertido. Óbvio que, como todo garoto desta idade (e pelo livro ser em primeira pessoa), percebemos que Percy sente algo indefinido por sua colega e que passa por diversos dilemas em relação ao fato... Nunca entendi direito por que os seres humanos são tão complicados com coisas que parecem ser tão singelas e simples... Está bem, o cara é um semi-deus! Mas, a moça também é... Se é difícil para nós, imaginam para esses dois como deve ser? Engraçado como parece uma visão estereotipada do adolescente com dúvidas... Porém, lá no fundo, acabamos que todos temos este problema de demonstrar que amamos outra pessoa não é? Mesmo que essa seja uma visão clichê.

Um dos únicos problemas é a fórmula pronta da qual eu já havia mencionado. O Mr. Riordan parece seguir a risca o conceito da "Jornada do Herói" e sempre necessita estipular prazos para que a história siga um ritmo... Creio que ele tem medo que seus personagens não se foquem o suficiente na busca que ele impõe (Também... são tantos deuses pertubando os coitados que qualquer um perderia o senso de urgência...). Isso irá se desfazer somente no quarto livro, no qual eles se "apressam" por um motivo bem mais crível do que uma mera profecia.

"A Batalha do Labirinto"


Penúltimo da franquia, este volume prepara o desenrolar para o final desta aventura mitológica. Baseado na lenda do minotauro (que apareceu somente no primeiro livro) e do Labirinto de Dédalo, o enredo irá se desenrolar tendo Annabeth como líder da aventura pela primeira vez. Obviamente, Percy vai junto de sua amiga (e amada que ele não admite, nem ela também... povinho complicado). Pela primeira vez, não existem eventos sobrenaturais com prazos estabelecidos e sim uma urgência verdadeira de conseguir o seu intento antes que os seus inimigos o façam. Agora que pegou o embalo, creio que o autor não mais usará do artíficio de prazos, pois agora a guerra entre os Deuses do Olimpo e os Titãs finalmente começou abertamente.

Trazendo personagens com um peso maior, que haviam sido levemente pincelados no romance anterior, Riordan começa a jogar peças no seu tabuleiro grego, envolvendo diversas entidades em sua história fantástica. O amadurecimento se torna visível nos integrantes de sua história, porém sem grandes avaliações psicológicas, o que é esperado de um livro voltado ao público infanto-juvenil, entendo o ponto do autor, mas gostaria de que tal crescimento dos personagens viesse com um novo olhar e descrições próprias para tal fase que estes atingiram.

Uma última ressalva é que o autor não se prolonga nas batalhas e eu ainda acho que suas soluções, algumas vezes, são um pouco forçadas... Mas isso não não deixa de torná-lo divertido como os outros livros (menos o segundo), vale ler e consegue realmente nos fazer curiosos em relação ao fim dessa guerra de proporções épicas entre esses seres divinos.

Logo tratrei a conclusão, com "O Último Olimpiano".

2 comentários:

Anônimo disse...

Finalmente Victor, uma crítica a favor para o Percy Jackson kkkkk

V.A.Magalhães disse...

Consegui né? kkkkkkkkk

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