"A Tormenta de Espadas". Como ele consegue...?

Bem, promessa é dívida e aqui estou para falar sobre o terceiro livro desta saga, que é mais conhecida em nosso país pelo nome do primeiro livro: "A Guerra dos Tronos". Hoje, vim para comentar o "Tormenta das Espadas", maior livro da série lançado em nosso país e na opinião desta criatura que vos fala: 

o MELHOR até agora!

Parabéns Sr. Martin, você conseguiu. Estes livros são o maior sucesso do gênero nos EUA e, não sei como, as intrigas políticas e os dilemas "reais" vividos pelos personagens conseguem nos prender mais a narrativa do que a própria fantasia, que propositalmente foi deixada de lado no início dos livros e que agora vem surgindo e crescendo aos poucos no mundo de Westeros. Na verdade, o modo da narrativa envolvendo visões de personagens em cada capítulo em vez de uma história linear e muitas vezes presa (modo de escrita que vem virando uma febre entre os escritores atuais norte-americanos) acaba por mostrar que esta não é uma obra simples, com personagens boas e ruins e sim com homens de fato, que possuem seus lados positivos e negativos, algumas vezes com um destes ressaltado, porém, nunca deixando de lado a dualidade humana. Não é para qualquer um.

Como já mencionado, este foi o melhor até agora para mim. A tendência de carnificinas e de nos dar socos que nos deixam em estado de choque, pois o leitor não acredita no que acabou de ocorrer, do autor se mostrou mais acentuado do que nunca nesta obra, pois o tanto de personagens que foram introduzidos ao enredo e o outro tanto massacrado é de arrepiar... sabem o melhor? Ele nos impressiona! Isso que nos agarra a esta trama sublime e envolve nosso pensamento, não só pela surpresa, mas pelo sentido que estas ações tomadas ao longo da história fazem e as explicações que estas envolvem. 

Quando lemos algo, geralmente adotamos "portos seguros", personagens e características que você acha que serão intocados pelo autor e que irão nos acompanhar pelo resto da história, entretanto, com Martin isso não existe. Tais perdas não são injustificáveis e sim algo que nos mostra que não lemos mais uma história clichê. É inegável que existe uma tendência de nos identificarmos com certos personagens, mas o autor nos ensina da pior maneira que não devemos nos envolver demais com um em especial, pois podemos acabar arrasados (acreditem... ainda estou abalado com o final deste livro). A própria terra de Westeros é uma personagem.

Poderia digitar parágrafos gigantescos, todavia, eles não conseguiriam exprimir a relação de amor e ódio criada por esta obra magnífica de George R.R. Martin. Não daria para mostrar todos os fatores que me levaram a adotar esta série como uma das minhas preferidas. Apenas digo uma coisa: Vão atrás! Se você se interessou, realmente é algo que não pode ser perdido e que vale ser lido e apreciado até a última linha. É grande? Sim. Cansativo? Bem... eu não conseguia passar um dia sem ler esta obra, pois ela consegue mexer com algo que a equipe deste blog sempre buscou: a curiosidade.