Que deleite... meus caros, fazia tempo que eu não assistia um filme tão cru e que nos prende a ateção como Drive o fez comigo.
Atualmente
nos cinemas, este filme foi premiado em maio no festival de Cannes (um
dos mais prestigiados internacionalmente) e ovacionado por nada menos
que 15 minutos pelas pessoas que o assistiram.
O engraçado é descobrir tudo isso tanto tempo depois. Assisti Drive
pelo computador há vários meses, achando apenas que era um filme de
pouca repercussão e baixo orçamento, sem saber de sua fama lá fora.
Descobri que não fui o único a admirar esta maravilha da sétima arte
após ouvir o rapaduracast n° 273
(ouçam após ver o filme, de preferência) e que satisfação foi ouvir os
elogios daqueles que, mesmo sem conhecer, já tomo por colegas que são
amantes tão grandes do cinema que o usam para trabalhar e nos entreter.
O filme, como o Maurício Saldanha mencionou no cast, baseia-se na parábola africana do "Escorpião e o Sapo" para construir a personagem sem nome do protagonista feito pelo ator Ryan Gosling:
"Um escorpião encontra um sapo na margem de um rio e como não sabia
nadar, pede ao sapo para o ajudar a atravessar para o outro lado. O sapo
olha para ele com desconfiança e diz-lhe:
- nem penses, se eu te ajudar vais-me picar e eu morro.
- mas isso não tem lógica nenhuma, eu não sei nadar e se te picar eu morro também – replicou o escorpião.
Perante esta resposta e a insistência do escorpião, o sapo cede e
deixa o escorpião subir-lhe para as costas. A meio do percurso o sapo
sente uma picada e o veneno do escorpião a invadir-lhe o corpo e a
paralisar-lhe os membros. À medida que se vai afundando, o sapo consegue
ainda dizer:
- porque é que fizeste isto? Agora vamos morrer os dois… lamentou o sapo.
- eu sei, nada posso fazer – respondeu o escorpião – é a minha natureza."
E é esta natureza de "escorpião" que o
protagonista tenta domar ao longo do filme, esconder dos demais sendo
um cara quieto e pacato pelo simples fato de se conhecer... Não consigo
exprimir o quão genial foi a direção de Nicolas Winding Refn
neste filme, por conseguir colocar tanta subjetividade e originalidade
em poucos diálogos, substituindo-os por grandes ou pequenas expressões
ou atos do seus atores e principalmente da personagem primária que
parece ter sido encarnada por Gosling.
Não falo mais por temer estragar sua
experiência caso desejem assistir este filme. É algo único e feito para
assistir várias vezes caso queira ver todas as camadas de entedimento
que o diretor colocou ali. No cinema, se possível.
1 comentários:
Oie...
Tudo bom?
Nossa esse filme parece ser MUITO bom... E também quero assistir pelo ator de Diários da Paixão... *-* ahuahauhauhau
Adorei seu blog... Já estou seguindo...
Depois dá uma passadinha no meu para conhecer... Relíquias da Lylu =D
http://reliquiasdalylu.blogspot.com.br
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