quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Douglas Adams e sua Trilogia de Cinco: O Guia do Mochileiro das Galáxias


Há dois dias, terminei de me maravilhar com a fantástica (pelo menos para alguns) obra do escritor Douglas Adams. "O Guia do Mochileiro das Gálaxias" que na própria capa começamos a perceber de que tipo de leitura se trata, com os dizeres: "Volume um da Trilogia de Cinco" traz uma forma de comédia típica inglesa, com grandes doses de ironia e sarcasmo.

Adams, um verdadeiro mestre desse "humor inglês" com grandes doses de sátira, encantou gerações com sua comédia inteligente. Considerado um dos maiores clássicos da ficção científica, O Mochileiro das Galáxias traz não só a comédia já mencionada, como também, muitos aspectos inovadores (pelo menos para a época) de teorias espaciais e dimensões paralelas (não vá ler achando que receberá uma aula, tais conceitos são expostos ao longo da narrativa porém, sempre brincando com as próprias definições).

O autor nos envolve de uma tal forma que desejamos sempre saber um poquinho mais sobre certas culturas, povos e aparelhos que nos são apresentados na história. E o melhor, o leitor fica incapacitado de prever o que vai acontecer em seguida ou que ações os personagens irão tomar porque é uma narrativa totalmente inesperada, com tiradas extremamente perspicazes e muitas vezes "nonsense".

Nessa obra percebemos logo com quem devemos nos relacionar. Arthur Dent, um inglês qualquer, embarca em aventuras espacias com seu amigo, Ford Prefect, que estava encalhado na Terra. Obviamente, Dent não sabia que seu amigo era um alien. Prefect o salva da destruição da terra ao teletransportar ele e Arthur para o interior de uma das naves que tinham vindo demolir a Terra para abrir um caminho para uma hiperestrada espacial. Desse momento em diante, passamos a viajar no Universo pelo ponto de vista de Arthur e nos vemos dentro das situações mais inesperadas possíveis. Adams sempre consegue um meio para debochar daquilo que nunca gostou (e do qual compartilho sua opinião muitas das vezes) como a burocracia, políticos, da pseudo alta sociedade e de diversas instituições que existem até hoje.

Além da comédia e da ciência, O Guia nos traz vários momentos para pensarmos um pouco e até mesmo filosofar sobre certos aspectos de nossas vidas e sobre quem somos. Com certeza é uma leitura que poderá atingir diversos níveis de informação, caso você assim deseje.

É uma coleção que não só nos faz dar boas risadas como também faz pensar e, na minha humilde opinião, isso está ficando cada vez mais raro nos dias atuais.


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