domingo, 13 de fevereiro de 2011

Trinca "O Poderoso Chefão". Preciso dizer mais alguma coisa?


Assisti novamente essa maravilhosa, fascinate, genial (já deu para perceber que irei falar bem dos filmes?) obra de Francis Ford Coppola. Baseado no livro de Mario Puzo, essa obra-prima da sétima arte de quase três horas de duração nos prende do começo ao fim. Com um elenco de tirar o fôlego (caramba que clichê...).
Atuando como protagonista temos Marlon Brando encarnando "Vito Corleone" o chefe de uma família Sicialiana que faz parte da máfia nos Estados Unidos. Um dos seus filhos é o ator Al Pacino na pele de "Michael Corleone" que não aprova os métodos do pai e afirma, categoricamente, que aquela era a família dele, não ele. Ao longo da trama vemos o desenrolar do submundo: traições, brigas, alianças e assassinatos.
O longa nos passa todo o conflito que o personagem de Al Pacino sofre quando se vê obrigado a entrar naquele mundo de que tem tamanho asco para proteger a família que tanto ama e para vingar o atentado que o pai sofrera de outra família mafiosa. Mostra a determinação e a motivação do protagonista, que é divinamente bem representado por Marlon Brando, para cuidar de sua família e dar uma boa vida para esta e seus protegidos. Nos envolve e faz com que tenhamos um vinculo fortissímo com os mafiosos e nos mostra a situação por um ângulo, pelo menos para a época, pouco explorado.
O segundo filme nos mostra em que a família se tornou. "Mike" assume o posto do pai que falece no primeiro filme e se mostra como a "versão aperfeiçoada" deste. Ele expande os negócios da família devido ao que fez no final do primeiro filme (vão assitir se quiserem saber!) e se mostra mais implacável e sem limites do que nunca. Em suma, ele vira tudo aquilo que sempre rejeitou. Novamente vemos todo aquele conflito interno e a necessidade de enfrentar tudo e todos para proteger sua família que ama tanto.
Al Pacino se mostra um verdadeiro ator, alterando o seu jeito de ser entre "O Poderoso Chefão" e um pai amoroso e atencioso para com seus filhos. Ele nos mostra até mesmo os erros que este faz quando trata sua família como negócios e os negócios como se fosse um outro filho que necessita de cuidados permanentes. Desejamos que ele pare com isso e perceba que está se afastando cada vez mais do que verdadeiramente importa, seus entes queridos. Isto não ocorre infelizmente...

O terceiro longa-metragem passa o arrependimento do personagem e a tentativa de redenção do chefe das famílias "cosa nostra". Ele finalmente parece perceber o quão ruim aquelas atividades lhe prejudicaram e aos seus filhos. Ao tentar legalizar seus negócios, algo que havia prometido no começo de sua saga, recebe repúdia de outros empresários. Faz uma doação para a Igreja Católica e desta recebe o reconhecimento que, teoricamente, iria facilitar sua entrada no mundo legalizado. Só que nada ocorreu como planejado.
Já tendo perdido a admiração de seu filho mais velho e
herdeiro, a única motivação de sua vida torna-se sua amada filha que ainda sente todo o amor do mundo por ele. Michael passa a dedicar todos os seus feitos para ela e tenta deixar um legado do qual ela sinta orgulho. Infelizmente o mundo corporativo se mostra tão traiçoeiro quanto o submundo dos "crimes" e ele precisa aprender a jogar pelas regras destes.
O final é simplesmente tão bom que não existem palavras que possam descrever o que você ver na tela. Após toda aquela relação, todo aquele "feeling" que você sente ao longo da história dos Corleone, existe o findamento. Puro, belo e simples...
Sei que o filme é de 1972 (seus seguimentos são de 1974 e 1990), porém esta película se classifica como um clássico e como tal, é inexorável. Jamais irá perder seu valor com o tempo e agrada, independentemente de sua faixa etária.
Agora "vou lhe fazer uma oferta irrecusável" (Don Corleone). Caso ainda não tenha visto "O Poderoso Chefão" vá. O que está esperando?

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