sexta-feira, 20 de maio de 2011

Os 5 que superaram Rambo. Parte 5 (Final).

Finalmente cheguei ao fim dessa idéia de dividir um post em 5 partes. Caso não tenham visto os outros, confiram aqui: Audie Murphy, Alvin York, Jack Malcolm e Yogendra Yadav estão disponíveis para quem não os tenha visto.

Agradecimentos novamente ao Raul Soares Sombra que enviou toda a pesquisa e deu a idéia desse post.

Agora o último dos super-soldados é: Simo Häyä


Simo Häyä tinha uma vida bem entediante na Finlândia. Ele serviu o ano obrigatório no exército e então se tornou fazendeiro. Mas quando a União Soviética invadiu sua terra natal, em 1939, ele decidiu que queria ajudar seu país. Já que a maioria das lutas ocorriam nas florestas, ele achou que o melhor jeito de impedir uma invasão era pegar seu rifle de confiança, duas latinhas de comida e esconder-se em uma floresta o dia inteiro, atirando em russos. Sob dois metros de neve e a 20-40 graus abaixo de zero.

É claro que quando os Russos ouviram que dezenas de seus homens estavam sendo apagados, e que era só um cara com um rifle, eles ficaram com medinho. Ele ficou conhecido como a “Morte Branca” por causa de sua camuflagem branca, e os soviéticos chegaram a preparar missões inteiras, apenas para matar esse único cara. Eles começaram mandando uma força especial para achar Häyä e matá-lo. Ele acabou com todos eles. Então eles tentaram juntar um grupo de counter-snipers (que são basicamente snipers que matam snipers) e os mandaram para eliminar Häyä. Ele eliminou todos também.

No decorrer de 100 dias, Häyä havia abatido 542 pessoas com seu rifle. Ele derrubou mais 150 com sua metralhadora SMG, mandando sua contagem de corpos para mais de 705, um recorde universal que dificilmente será ultrapassado na nossa realidade. Já que todos os homens que eles tinham estavam ou muito assustados, ou muito mortos para chegar perto dele, os russos decidiram simplesmente bombardear todos os lugares onde acharam que ele poderia estar. Supostamente eles acertaram o local, e ele foi atingindo por uma nuvem de fogo que destruiu suas vestimentas e tudo ao seu redor, mas não o matou (porque se não ele não estaria aqui né...).

Finalmente em 6 de Março de 1940, algum bastardo de sorte acertou Häyä na cabeça, com uma bala explosiva. Quando os outros soldados o encontraram e o levaram para a base, ele “tinha perdido metade da cabeça”. A Morte Branca havia finalmente sido abatida… por mais ou menos uma semana. Apesar de ter sido diagnosticado com um caso severo da síndrome “tiro-no-meio-da-cara”, ele ainda estava bastante vivo e recuperou a consciência em 13 de Março, o mesmo dia em que a guerra acabou, Simo Häyä morreu em 2002, em sua casa, anos depois do seu “acidente”.

Para concluir essas curiosidades sobre os grandes soldados da guerra, eu gostaria de deixar para avaliar (caso assim desejem) esses pensamentos de Gandhi:
"A não-violência, em sua concepção dinâmica, significa sofrimento consciente. Não quer absolutamente dizer submissão humilde à vontade do malfeitor, mas um empenho, com todo o ânimo, contra o tirano. Assim um só indivíduo, tendo como base esta lei, pode desafiar os poderes de um império injusto para salvar a própria honra, a própria religião, a própria alma e adiantar as premissas para a queda e a regeneração daquele mesmo império."

E quando não mais tiver fé nesta filosofia, lembre-se sempre:
"A não violência nunca deve ser usada como um escudo para a covardia. É uma arma para os bravos!!!"


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